Confira acima o vídeo de nosso canal do Youtube: ► Famosos que nos deixaram em virtude do HIV/Aids
Representantes de grupos de pessoas que vivem com o HIV/Aids, reclamam da discriminação e da falta de vontade política para enfrentar a doença.
Segundo dados da ONU – Organização das Nações Unidas, apontam para a existência, atualmente, em todo o mundo, de 38 milhões de pessoas vivendo com HIV/aids. A epidemia da doença já existe há 40 anos e, em 2020, foram registrados 32.701 casos de pessoas com HIV no Brasil.
De acordo com o representante da Rede Nacional de Pessoas que Vivem com Aids, Moyses Toniolo, mesmo com os avanços jurídicos e tecnológicos de tratamento e prevenção da doença, o estigma ainda leva à morte de muitas pessoas.
“Nós ainda temos a necessidade de muita evolução em diálogo, em construção coletiva dos planejamentos que nós precisamos ter para as ações em nível federal, estadual e municipal no Brasil inteiro”, disse.
A representante da Articulação Nacional de Aids, Cláudia Velasquez, afirma que é preciso banir do atendimento às pessoas com HIV a discriminação, promovendo ferramentas de prevenção e também garantir o acesso aos serviços de saúde para todos os indivíduos que se encontram na maioria das vezes em situação de grande vulnerabilidade social.
De acordo com o presidente do Fórum de ONGs Aids de São Paulo, Rodrigo Pinheiro, ele solicita maior ajuda de parlamentares, para que haja a incorporação de novos medicamentos e que a política nacional de redução de danos seja fortalecida.
“Temos vários desafios, falta vontade política e responsabilidade para nós podermos vencer esses desafios e poder avançar no enfrentamento à epidemia de aids”, concluiu.
No Brasil, até dezembro do ano passado, existe 920 mil pessoas vivendo com HIV. Desse total, 89% foram diagnosticadas e 77% fazem o tratamento com remédios antivirais. Daquelas que estão em tratamento, 94% não transmitem mais a doença por estarem com a carga viral baixa. Contudo, em 2019, o Brasil ainda apresentava uma taxa de 4,1 mortes por 100 mil habitantes em decorrência da Aids.